sexta-feira, 21 de agosto de 2015

AS MULHERES SOBRALENSES MARCARAM PRESENÇA NA “V MARCHA DAS MARGARIDAS” EM BRASÍLIA



O nome do movimento foi em homenagem à Margarida Maria Alves, uma agricultora e esteve a frente do Sindicato dos Trabalhadores(as) de Alagoa Grande/PA por mais de 10 anos. Também foi  Presidenta do citado sindicato, lutou pelo fim da violência no campo, pelo direitos trabalhistas e carteira assinada para agricultores. Sendo assassinada a mando de latifundiários em 12/08/1983, Margarida dizia que "É melhor morrer na luta do que morrer de fome."
Neste ano a marcha começou no dia 11/08/2015 (terça-feira), quando ocorreu a abertura da Marcha das Margaridas no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Já no dia 12/08 (quarta-feira) pela manhã elas seguiram em marcha para a Esplanada dos Ministérios e retornaram à tarde de volta ao estádio, onde recebem a Presidenta Dilma para dar resposta às suas exigências.
 Considerada a maior manifestação pelos direitos da mulher do mundo, reuniram-se mais de setenta mil pessoas, oriundas de diversas regiões do Brasil. Manifestação composta por mulheres agricultoras, indígenas, quilombolas, estudantes universitárias, sindicalistas e grupos de feministas.  O movimento foi organizado pela CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e esta na sua quinta edição.
Caravanas de mulheres do movimento social e sindical de Sobral e da Região Noroeste do Ceará se articularam com o objetivo de representar Sobral e nossa Região Noroeste na “V Marcha das Margaridas” em Brasília.

Fonte foto: fan page Sindicato dos Comerciários de Sobral e Mesorregião Noroeste

Dirigido pelo atuante sindicalista Hudson Hélio, o SECS Sobral - Sindicato dos Empregados no Comércio e Serviço de Sobral Mesorregião Noroeste também participou da marcha.  Foi representado pelas sindicalistas sobralenses Roseane de Souza, Renata Almeida e Lucelita Alcântara - Diretora do NUVAM – Núcleo de Valorização da Mulher Comerciária de Sobral.

Fonte foto: facebook Albertina Teixeira

O STTRS – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Sobral também marca a presença na marcha. A atual Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Sobral, Albertina Teixeira, viajou para Brasília com uma caravana de agricultoras familiares e sindicalistas de diversas localidades do interior do Ceará.

Fonte foto: facebook Ana Barros

Também foi a Brasília participar do movimento, a sobralense e militante social Ana Lúcia Barros Maciel, quando morava em Sobral participou das CEB’s – Comunidade Eclesial de Base, foi uma das fundadoras da AESC – Associação dos Empregados da Santa Casa e também atuou no Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Ceará. Além de ter contribuído com a cultura de nossa terrinha, quando participava de grupos teatrais. Atualmente Aninha mora em Fortaleza, onde faz parte da Secretaria das Mulheres do PT Ceará.

É pouco conhecida, apesar da “Marcha das Margaridas” ser uma grande manifestação, ocorre desde o ano 2000, sendo pouco divulgada pela grande mídia.  Neste ano o movimento aconteceu num momento muito polêmico para toda a conjuntura política brasileira. Ocorreram discussões sobre o impeachment e afirmou-se apoio a Presidenta Dilma Roussef (PT).  
Tem como principais reivindicações a agilidade da reforma agrária, desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade de direitos e liberdade.  Também fizeram outras exigências, como: Garantia permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais; acesso a terra e valorização da agroecologia, uma educação que não discrimine as mulheres, o fim da violência sexista, o acesso à saúde, a ser ou não ser mãe com segurança e respeito; autonomia econômica, trabalho, renda, democracia e participação política.
Protestaram contra a falta de ética na política, contra a onda de conservadorismo e inversão de valores que poderá levar ao retrocesso das conquistas sociais históricas.  Na ocasião viraram as costas para o congresso em ato de protesto, gritaram palavras de ordem contra a terceirização, críticas à maioridade penal, também levaram faixas pedindo a cabeça do Deputado Eduardo Cunha, contra a violência doméstica, contra o racismo, não ao Golpe e faixas de apoio a Presidenta Dilma

Fonte vídeo: Palácio do Planalto

Após um ano de muitas discussões promovidas pela CONTAG e diversas outras entidades parceiras com o objetivo de organizar um “Caderno com pauta de todas as Reivindicações da Marcha das Margaridas”, que foi entregue ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.  

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