sexta-feira, 28 de junho de 2019

TRADICIONAL ARRAIAL DA QUADRILHA RAÍZES DO RECANTO

Reportar apenas fatos negativos, miséria e violência é prática de alguns sensacionalistas de plantão que disputam a todo custo mais atenção. Devemos ressaltar o trabalho e a sensibilidade de alguns comunicadores solidários que mostram o lado bom da periferia, ajudando a combater o preconceito.
A periferia é constituída por gente trabalhadora e honesta, nota-se que a “solidariedade é a maior virtude do pobre” pessoas que enfrentam as dificuldades com fé e ânimo. Hoje há diversas entidades que realizam trabalhos sociais e lideranças comunitárias que levam exigências da comunidade para autoridades. O bairro esta urbanizado, temos saneamento, educação e segurança pública. Apesar de tudo a insegurança continua sendo o problema que deve também ser enfrentado com investimento no social, atividades culturais, esportivas e religião. 
Ana Paula de Sousa Tavares (Paulinha) e Francisco Cristiano Alves Sousa (Seu Pita) e membros da quadrilha
Tivemos a oportunidade de conhecer a moradora Ana Paula de Sousa Tavares (Paulinha) e Francisco Cristiano Alves Sousa (Seu Pita), personagens anônimos de nosso cotidiano suburbano, mas consideradas pessoas de grande estima da comunidade. Eles contaram a história do Bairro Recanto II e falaram sobre o anseio em manter viva a resistente tradição junina. Os mesmos são entusiastas apaixonados pela cultura nordestina e conforme seus relatos há cerca de 10 anos incentivam e ajudam nos grupos de reisados e quadrilha junina que se organizam ocasionalmente no período junino para apresentações em frente às residências dos moradores.
Flashes da apresentação da Quadrilha em junho de 2019
Foi em 2016 que Paulinha e Seu Pita se sentiram confiantes com a grande adesão de moradores ao movimento quadrilheiro no bairro e em junho do mesmo ano aconteceu na Rua Caio (em frente à casa de Paulinha) a primeira apresentação da recém-criada “Quadrilha Raízes do Recanto” e foram usadas algumas fantasias improvisadas, mas foi um sucesso de público.


No ano de 2017 Paulinha e Seu Pita se sentiram entusiasmados e decidiram organizar uma festa maior e contaram com a valorosa cooperação do Valdir na organização que também exerce a função de puxador da quadrilha.  Eles passaram a planejar melhor e agendavam ensaios periódicos antes da apresentação principal e em junho do mesmo ano o grupo de quadrilha apresentou-se novamente em frente à casa de Paulinha e o sucesso do ano anterior se repetiu.  A organização de uma festa junina ajuda a fortalecer os laços de amizade e colaboração e com isso o nome “RAÍZES DO RECANTO” se consolidou como grupo, sem falar que a comunidade sempre exigiu novamente a festa no bairro.


Foi no ano de 2018 que o grupo contou com mais três valorosas colaborações na organização: Sr. Bené, pessoa que se prontifica a ajudar em tudo; Mayke Douglas, dançarino responsável pela coreografia e Zé Torres (presidente da Associação dos Moradores do Recanto) que se responsabilizou pelos adereços. Disponibilizou em colaborar com o grupo de quadrilha do Recanto II, foi uma bela apresentação, pois já haviam adquirido experiência.

Flashes da apresentação da Quadrilha em junho de 2019
Neste ano de 2019 o grupo enfrentou um período complicado por causa da crise politica em andamento no país que interferiu negativamente na economia, trazendo receio e dúvida para todos e isto desestimulou Paulinha e Seu Pita.  Então Mayke tomou posse da quadrilha junina, resolveu enfrentar os problemas de cabeça erguida, incentivou os dançarinos que decidiram continuar a festa.  Eles buscaram o apoio cultural de comerciantes e lideranças politicas que patrocinaram o grupo, também realizaram bingos com o objetivo de arrecadar fundos para festa e com muita criatividade e fé, superaram as dificuldades unidos pelo idealismo e lutando pelo direito da comunidade sonhar e ser feliz. Hoje o grupo é coordenado por 5 (cinco) dedicados membros: Valdir; Pedro; Anderson; Bené; Maike; e conta com o importante apoio de Zé Torres (presidente da associação do bairro) além da participação fiel de 20 (vinte) pares brincantes que se dedicaram fervorosamente nos animados ensaios na Estação da Juventude do Recanto.


Na noite de 15 de junho de 2019 aconteceu na frente da residência do Mayke a tão esperada apresentação da Quadrilha Raízes do Recanto com o tema “A beleza da Mulher Nordestina”. A comunidade ficou fascinada com a apresentação e a animação continuou com as Bandas Iran Paredão e Vaqueiro Forrozeiro e teve muito forró até o dia amanhecer.
Parabéns a todos os colaboradores, coordenação, dançarinos e a toda a comunidade pelo sucesso do evento.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

O PT - PARTIDO DOS TRABALHADORES E A CONJUNTURA POLÍTICA DE SOBRAL/CE

O companheiro Vicente Sales (Ferroviário e Sindicalista) chega aos 90 anos de vida com o mesmo vigor e coragem de sempre. Foi com esse espírito de luta que ele fundou o PT - Partido dos Trabalhadores em Sobral.  Eram tempos difíceis e obscuros mas ele ergueu a primeira bandeira política em defesa da sofrida classe trabalhadora sobralense. Parabéns e vida longa!!!
O processo de redemocratização do Brasil se torna intenso na Década de 80 e espalha suas ações por todo o país. Cada região assimilou a nova realidade politica de acordo com as suas peculiaridades.
No Nordeste Brasileiro o Governo Militar estava fortemente representado na figura dos antigos “Coronéis” que ainda decidiam o futuro político das microrregiões onde atuavam.
O bipartidarismo era um forte instrumento de controle das decisões políticas de forma que favorecia demasiadamente a “Elite Política” tanto da situação como da oposição, frustrando de certa forma o avanço de posições politicas mais radicais.
Com a abertura política através do pluripartidarismo a atuação de siglas com ideais socialistas e comunistas não era permitida ainda e a clandestinidade era a forma de sobrevivência de grupos políticos com formação ideologicamente mais intensa e muitos destes grupos buscavam abrigo em legendas de oposição regularizadas pela nova legislação eleitoral.
Dentro deste contexto histórico enquadraremos aqui o surgimento do PT - Partido dos Trabalhadores em Sobral, no Ceará que teve como 1º Presidente Vicente Sales, Ferroviário e Sindicalista.
Em 1982 o PT de Sobral lança a sua primeira chapa para disputar as eleições municipais sendo formada por José Valmir Linhares como Prefeito e José Aquino de Albuquerque como Vice-Prefeito e José Maia Silva como Vereador.
Nesse mesmo ano Clodoveu Arruda é candidato não eleito a Vereador pela Coligação PMDB/PDC, mas apoiado pela militância do PCdoB - Partido Comunista do Brasil que se mantinha na clandestinidade.
Sonia Oliveira também é candidata não eleita a Vereadora pela mesma legenda, mas apoiada pela militância do PRC - Partido da Revolução Comunista que também se mantinha na clandestinidade.
Uma vez estruturado e legalizado dentro do município o partido partiu para aumentar o seu quadro de filiados, abrindo espaço para o ingresso de várias tendências ideológicas que atuavam nos movimentos estudantis, sindicais, eclesiais e populares.
O primeiro grupo ou tendência ideológica que ingressou no PT de Sobral era formada por militantes do clandestino PRC que tinha base em Fortaleza e era liderado por Maria Luiza e Rosa Fonseca.
A célula sobralense do PRC se dedicava basicamente a formação intelectual e ideológica e ocupava-se principalmente ao estudo de Filosofia Política, Ciência Política e Artes de Guerrilha.
A base de formação teórica era formada por Marx, Engels, Politzer, Guevara e outros doutrinadores.  Grande parte destas obras circulava clandestinamente.
Sob a orientação de Osmar Júnior e Armando Fonteles que eram sobralenses residentes em Fortaleza o grupo de Sobral formado por Rivana Rocha, Welton Braga, Kildare Brasil, Expedito Ponte, Belinha Parente, Elói Neves, Stenio Gameleira e outros dão os primeiros passos para consolidar a atuação do partido, através de uma campanha de filiação.
A campanha foi um sucesso e um segundo grupo se destacou dentro do novo quadro de filiados nas figuras de Osvaldo Aguiar, Bené Fernandes, Celisvaldo Pereira, Pedro Fernandes, Odélia Martins, Ana Barros, Emídio Silva, Paulo Flor, Assis Carlos, Audino Lopes e outros.  
Eram células originárias do MEB - Movimento Eclesial de Base e Lideranças Sindicais, Estudantis, Camponesas e Populares. Estes grupos originavam-se do engajamento nas lutas pela organização, representação, conscientização e defesa dos trabalhadores rurais e urbanos, além dos estudantes das escolas e universidades de Sobral.
O quadro de militantes cresceu consideravelmente e junto a isso surgiram as primeiras divergências de natureza ideológica dentro do partido.
Em 1988 o PT de Sobral lança a sua segunda chapa para disputar as eleições municipais sendo formada por Pedro Fernandes como Prefeito, Rivana Rocha como Vice-Prefeita e Bené Fernandes, Belinha Parente, Osvaldo Aguiar, Audino Lopes, Celisvaldo Pereira, Kildare Brasil e outros como Vereadores.
Todas as tendências ideológicas tiveram a oportunidade de lançar seus candidatos e o PT soma quase 2 mil votos, tornando-se uma legenda forte e competitiva, mesmo sem eleger ninguém.
É bom saber que foi nessa disputa que Edilson Aragão foi eleito o 1º Vereador do PSB de Sobral na Coligação PCB/PDT/PSB.
O avanço espantoso dos partidos de esquerda em Sobral faz com que o PT de Sobral respirasse novos ares e passasse a ser objeto de cobiça de lideranças políticas de centro-direita e centro-esquerda pertencentes a classes sociais mais elevadas, dentre eles empresários e profissionais liberais renomados e militantes de outros partidos que migraram para a sigla emergente. Dentre eles se destacaram Clodoveu Arruda, Edilson Aragão e outros.
Em 1992 o PT de Sobral lança a sua terceira chapa para disputar as eleições municipais na Coligação PT/PSB/PCdoB, sendo formada por Edilson Aragão como Prefeito, Iweltman Mendes como Vice-Prefeito. Esta disputa elegeu Clodoveu Arruda como o 1º Vereador do PT de Sobral.
Pode se considerar que essa foi a “Campanha de Ouro” do partido que conquistou mais de 7 mil votos, abrindo caminho para futuras alianças e um poder maior de barganha política.
Nesse mesmo ano a citada coligação de partidos de esquerda elegeu também Luciano Linhares para o 1º mandato como o 2º Vereador do PSB de Sobral.
Com novos filiados e uma nova realidade política a militância histórica e os grupos ideologicamente mais radicais que atuavam dentro do partido se afastam num protesto silencioso e terminam por dar espaço a militância de centro-esquerda que sinalizava interesse em fazer alianças com partidos de centro-direita e o que já era previsto aconteceu de fato.
Em 1996 o PT de Sobral entra na disputa eleitoral elegendo Edilson Aragão como Vice-Prefeito de Sobral numa coligação envolvendo o PSDB/PT/PSB/PTB que elegeu Cid Gomes como Prefeito. Nesta disputa eleitoral o PT não elegeu nenhum candidato a Vereador.
É bom saber que esta “aliança” foi fruto de intensa divergência envolvendo o nome indicado para disputar o cargo de Vice-Prefeito da coligação proposta. Depois de intenso “vai-e-vem” saiu a indicação final que agradou todas as siglas envolvidas na disputa. O PT teve que abrir mão da sua indicação inicial para propor um novo nome.
Em 2000 o PT entra na disputa eleitoral e repete a fórmula das eleições de 1996 elegendo novamente Edilson Aragão como Vice-Prefeito de Sobral e Emídio Silva como Vereador na coligação envolvendo diversos partidos como o PT/PTB/PSB/PSDB que novamente elegeu Cid Gomes como Prefeito.
O partido retoma novamente o fôlego com a eleição de um parlamentar oriundo do movimento religioso e do meio popular. O PT retorna as suas raízes históricas e as mantém fortalecidas por certo tempo até que disputas internas alimentadas pelo jogo de interesses fizeram com que a unidade política e partidária descesse pelo “ralo” da incoerência.
Em 2004 o PT entra na disputa eleitoral elegendo desta vez Clodoveu Arruda como Vice-Prefeito de Sobral e José Vytal como Vereador na Coligação envolvendo vários partidos como o PP/PT/PTB/PMDB/PL/PPS/PV/PCdoB que também elegeu Leônidas Cristino como Prefeito.
Politicamente estável o partido padeceu por “excesso de confiança” ao apostar na candidatura de militantes devidamente filiados, porém com formação ideológica e discurso político de centro-esquerda. Bons de discurso e de voto tomaram a liderança e a vaga legislativa do partido, deixando o restante da militância a “reboque” das decisões políticas maiores.
Em 2008 o PT entra na disputa eleitoral e repete a chapa anterior, reelegendo Clodoveu Arruda como Vice-Prefeito na primeira grande Coligação envolvendo partidos como o PCdoB/PDT/PMDB/PV/DEM/PT/PSB/PSDB/PP/PHS/PRB que reelegeu também Leônidas Cristino como Prefeito de Sobral. Nesta disputa o PT não elegeu nenhum Vereador.
Sem muitas delongas podemos dizer que foi nesta época que a militância do partido ”viajava na maionese” por conta da falta de acompanhamento, assistência e orientação política do alto escalão do partido dentro município que contribuiu fortemente para o fracasso da disputa para uma vaga no legislativo municipal. Vale salientar que Clodoveu Arruda assumiu a vaga de Prefeito de Sobral no ano de  2011 em virtude do afastamento de Leônidas Cristino que assumiu o cargo de Ministro dos Portos do Governo Dilma.
Em 2012 o PT entra na disputa eleitoral elegendo Clodoveu Arruda como Prefeito de Sobral, além de Christiane Coelho e Emídio Silva como Vereadores na grande Coligação que envolveu o PRB/PP/PDT/PT/PTB/PMDB/PSC/PPS/PTC/PSB/PPL/PSD/PCdoB que também elegeu Carlos Hilton como Vice-Prefeito.
Na verdade foi nesta eleição que o PT elegeu 2 vereadores sem estabelecer nenhuma aliança proporcional. O partido acertou com a indicação de nomes expressivos, mantendo um número ideal de candidaturas que foram capazes de atingir o coeficiente eleitoral necessário para conquistar as vagas na Câmara Municipal.
A “fórmula perfeita” deste pleito serviu de alerta para a classe política dominante que passou a controlar o partido a “rédeas curtas”.
Em 2016 o PT novamente entra na disputa política elegendo Christiane Coelho como Vice-Prefeita de Sobral n a maior  coligação partidária já  feita em  Sobral envolvendo os partidos PP/PDT/PT/PPS/DEM/PRTB/PHS/PSB/PV/PPC/PSD/PCdoB/PROS/PSC/PTB que elegeu também Ivo Gomes como Prefeito. Nesta disputa o PT não elegeu nenhum Vereador.
Analisando a conjuntura dessa disputa nota-se que o PT não fez alianças proporcionais, pois ainda não tinha aprendido com as experiências passadas que envolveram nomes expressivos, coligações viáveis, número de candidaturas e logicamente o coeficiente eleitoral necessário para conquistar uma vaga no parlamento municipal de forma que mais uma vez cometeu erros que resultaram em prejuízos políticos para o partido.
O certo é que a conjuntura política nacional na época destes fatos serviu apenas para favorecer os projetos políticos e econômicos da militância de centro-direita e centro-esquerda oportunista e carreirista que gravitava em torno do sistema político onde o PT era a “Estrela Central”.   
Torna-se mister afirmar que apenas uma pequena parte da militância petista atual teve que se contentar com alguns cargos comissionados e/ou terceirizados obscurecidos pela sua insignificante representação política.
Ora numa análise bem realista e sincera a conjuntura política que se manifesta até então em Sobral, serviu de inspiração para construir o modelo de governabilidade que se estabeleceu também no Ceará.

Stenio Gameleira


sábado, 22 de junho de 2019

14J: O DIA EM QUE OS TRABALHADORES DERAM SEU RECADO

Manifestação Greve Geral 14 de junho em Sobral/Ceará

Na sexta-feira (14) o desgoverno de Bolsonaro recebeu uma paulada e das grandes. Em todo o país os trabalhadores avisaram em um só coro quem é que manda e gritaram Fora Bolsonaro.
As bases atrapalhadas do desgoverno já receberam nesta ultima sexta-feira (14) mais um aviso vindo das guturais vozes da classe trabalhadora. Somos nós que mandamos! Fora Bolsonaro! Não a reforma da Previdência! Não aos cortes na educação! Lula Livre! Esses fora alguns dos avisos que trabalhadores, estudantes e sociedade civil disseram em alto e bom som nos atos de greve geral.
Grande manifestação contra a reforma da previdência e contra os cortes na educação.
Mas também temos que salientar que os atos de greve geral foram também a acentuação de uma mais sólida e radical que não visa apenas lutar contra a retirada de milhares de cortes em pastas estratégicas para o país e sim o reconhecimento por amplas massas populares que esse governo precisa cair o mais rápido possível. Pois ele (governo atual) é fruto de um golpe, hoje mais evidente com a #VatoJato publicado e divulgado pelo site The Intercept. 
É por isso que o fortalecimento dessa política de ataque central deve ser mantida e fortalecida pelos dirigentes dos partidos de esquerdas, movimentos sociais e centrais sindicais para que possamos combater esse governo de extrema-direita que flerta a olho nu para o fascismo.

Por Diego Silva

quarta-feira, 12 de junho de 2019

LULA O MANDELA BRASILEIRO

Mandela ficou preso por 27 anos, após ser livre foi eleito presidente. Lula está preso a mais de um ano.
Assim como o líder sul-africano Nelson Mandela, Lula permanece preso injustamente por uma operação fraudulenta recém-desmascarada pelo site jornalístico The Intercept. Porém Lula e Mandela possuem várias coisas em comum, como o apoio do povo.
Nos quatrocentos e trinta dias da prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as semelhanças com o saudoso líder sul-africano Nelson Mandela são deveras notórias. Mas não apenas no modo de governar ou de lhe dar com situações políticas.
Mas nos casos de injustiças praticadas com ambos. Assim como Mandela, que passou vinte e sete anos encarcerado por uma ditadura branca, patrocinada pelo imperialismo inglês. Lula também vem sofrendo uma prisão criminosa, mas financiada por outro imperialismo.
Mas quero destacar aqui a semelhança mais profunda entre os dois lideres mundiais. Falo do apoio popular. O apoio das massas. Em nenhum momento Lula foi abandonado pelo povo e pela militância de seu partido (PT). Vale destacar também a presença na luta de partidos como PCO, PCdoB e alas progressistas do PSOL que lutam pela liberdade do presidente brasileiro.
O maior exemplo desse carinho que o povo trabalhador tem por Lula é a vigília Lula Livre que desde o inicio, mesmo como amargas perseguições, não arredou o pé da porta da superintendência da polícia federal em Curitiba. Sempre dando bom dia, boa tarde e boa noite ao líder do povo que se mantém numa solitária.
Na entrevista para a Folha de São Paulo e El País, o preso político Lula disse: “Eu serei eternamente grato, não sei se isso já aconteceu alguma vez na história com alguém. Mas eu sinceramente não sei como fazer para agradecer. Eu já disse para todo o mundo aqui. Mas quando eu sair daqui, quero sair daqui a pé e quero ir lá no meio
deles. A primeira cachaça eu quero tomar com eles. E brindar”, disse o ex-presidente. É por essas e outras que Lula possui o carinho do povo. Pois ele é a representação em pessoa dos trabalhadores desse país. Mesmo com várias sentenças Lula não baixa a cabeça e nem deixa à alegria de lado. A garra de Lula, assim como foi o grande Mandela, é sustentada pelo povo. E assim como foi no passado onde esse mesmo povo libertou Mandela dos grilhões do imperialismo, Lula vai ser liberto das amarras dessa justiça golpista.

Lula Livre já!

Por Diego Silva
Email: Diego.JuventudeSobral@Gmail.com

terça-feira, 4 de junho de 2019

GREVE GERAL DO DIA 14 DEVE SER O INICIO DA LUTA POPULAR CONTRA O GOVERNO GOLPISTA

No dia 14 de junho ocorrerá em todo o país atos contra o governo de Jair Bolsonaro. Pautas como não à reforma da previdência, não aos cortes na educação, lula livre e fora bolsonaro são as mais defendidas. 

O governo Bolsonaro que já entra no seu sexto mês, com vários cortes na educação, crise interna em sua base governista, derrotas em comissões no senado e na câmara e com uma vasta pressão popular contra toda arbitrariedade e ataque que a sociedade civil vem sofrendo. Há exato três dias a Folha de São Paulo publicou uma matéria onde Bolsonaro diz que tem crises de choro. Ou seja, toda a pressão tem surgido efeito, inclusive tem afetado a saúde mental e psicológica do presidente. 

Visto também que os ataques não tem cessado de forma alguma. Nem por diálogo e nem pela força mostrada nos últimos dois atos onde estudantes, movimentos sociais e profissionais da educação ocuparam as ruas. A luta continua e agora será no dia 14 desse mesmo mês, junho, com greve geral puxada por centrais sindicais e estudantis. Tendo como líderes de frente a CUT e a UNE, as articulações andam em todo vapor. E esse ato tem uma grande diferença, pois paralisará vários setores que movimentam a economia do país, causando assim um certo impacto.


Em entrevista para o jornal Rede Brasil Atual, a Presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) Marianna Dias disse: “Nós derrotaremos (o governo Bolsonaro). Bolsonaro não governará enquanto os cortes não forem revertidos. Essa é a promessa do povo que tá indo pras ruas do Brasil. Bolsonaro, você não vai ter paz e nós não temos medo de você”. 
Marianna Dias com essa fala só nos mostra que está apenas iniciando a luta pela derrocada do (des)governo de Jair Bolsonaro. 
É por isso a importância de vários outros setores da sociedade civil juntar forças em unidade para derrubar os cortes e também todo esse governo que está ai causando transtornos para o Brasil. Pois enquanto o parlamento e o judiciário não acordam para verem a democracia findando, o povo é que tem, nesse momento, garante a soberania popular. E com Bolsonaro fora da presidência. 

Por Diego Silva

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Chiquinho Silva - Coordenador dos Direitos Humanos de Sobral, fala de sua história de vida, como exemplo de resistência e de luta pela Igualdade racial.


Chiquinho Silva, Coordenador dos Direitos Humanos de Sobral, fala de sua história de vida, como exemplo de resistência, e de luta pela Igualdade racial, para diversos representantes de municípios da região norte, presentes no módulo de formação do Selo UNICEF.

Chiquinho, afirma que o racismo e o preconceito são marcas históricas na vida da população. Ao falar de sua vida, relata que as adversidades da vida o fizeram um guerreiro da resiliência, como também a sua mãe, ao relatar a luta de sua genitora para cuidar e defender seus filhos da fome, do preconceito, e das dores de ser abandonada com seus cinco filhos. Para Chiquinho diante a lutas e superação, a única certeza que passou a ter é que “ninguém constroem felicidade em cima de abandonos” quando relata a história de sua mãe, e que teve de crescer sem a presença paterna. O mesmo relata que nossos munícipios ao concorrer ao selo UNICEF precisam superar a intolerância religiosa, romper e denunciar o racismo institucional, e construir uma sociedade mais igualitária e justa, para que as crianças, adolescentes e jovens desde cedo, aprendam que todos são iguais independente de cor, religião, condições econômicas e sociais.